Como dizia o poeta

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

Luz Antiga

Se não sabe
Se afaste de mim
Se ainda cabe
Me abrace, enfim

Só ligue se tiver vontade
Só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
De quem precisa se esconder

Será que eu vejo apenas o que você não vê?
Eu não entendo como você não pode perceber
Que eu não sei mais,
Eu não sei mais,
Eu não sei mais,
Eu não sei mais,
Eu não sei mais,
Eu não sei mais o que fazer!

O sangue é o rio que irriga a carne
A alma é a margem e o contorno
É luz antiga ao fim da tarde
De uma saudade sem socorro

Se não sabe
Se afaste de mim
Mas antes que seja tarde
Nos salve do fim

corporais de bruno nobru

Corporais é o título do disco conceitual de bruno nobru, fruto dum processo de expressões sonoras, utilizando instrumentos como extensão do corpo, mesclando criações e improvisos, onde o resultado exprime movimentos corporais em forma de som.

Concebendo a arte e os instrumentos como extensões e reflexos do corpo, as sonoridades seguem aleatoriamente, numa prática de incentivo a liberdade, onde cada música acontece como um órgão solto, com sua maneira própria de funcionamento.

O disco está liberado para download e escuta nos links abaixo:

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Mais informações:
www.corporais.vze.com
www.brunonobru.net
www.facebook.com/brunonobrunet

[Diga não aos covardes]

'(...) Intenções soltas e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero. Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu. (E vá ser vago na casa da sua mãe porque embaixo da sua manga eu não fico mais!)
(...) Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse.
(...)Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim.
(...)Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter que te mandar pastar com outras vaquinhas?
(...)A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada.
Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer bicho-de-pé no Amor aos Pedaços ou quem sabe dar para o seu chefe em cima da mesa dele.
(...) É assim que vivo, masturbando minha mente de sonhos para tentar sugar alguma realização. É assim que vivo: me fodendo.
(...)Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela.
Não caio na mesma vala de quem empurra a vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você, nem que seja para te espantar.
Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.'

Tati Bernardi

Carpinteiro satanista

Vou matar minha namorada
Com meu lado Psicopata

No começo tudo era amor
Hoje só pesadelo e terror
Baby, não adianta correr
Baby, eu vou atrás de você
No almoço só alegria
No jantar antropofagia
Comprei flores pra te conquistar
E uma pá pra te enterrar

Calmaria

eu beijo o asfalto da tua casa.
paredes brancas e cama branca.
um corpo nu, branco.
seu olhar no deserto enigmático da minha retina.
ousa acelerar os espasmos de meus músculos.
timidamente, esboço a tensão.
vem e deleita sobre o céu de minha imensidão colorida.
abraça o caos da noite.
e espreguiça o calor da calmaria.

Equação

"Qual poesia maior há em mim?
Senão o fato de não haver nenhuma
Pondo em evidencia um fato
Nunca conheci poesia alguma
Faço um misto da imaginação
Colocando-a de mãos dadas com a alma
Usando um pouco o coração
Falando de amor, com calma"

Bandido

"Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim
Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons"

Frente a frente

"Eu e você frente a frente...
É o medo e o desejo;
É desconfiança e a esperança;
É o grito e o silêncio;
É o gelo derretendo a mão no fogo...
Eu e você frente a frente
É ter sempre que me confrontar;
Encarar meus erros e as minhas razões...
As minhas verdades e as minhas ilusões;
Meu poder e a minha impotência;
A minha liberdade e os meus limites..."

Mascarado

As mentiras constantes te fazem sentir melhor?
Apague esse título mascarado e as últimas palavras da contra-capa.
Você não é de nada.